quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Fantasia.

Não, já me cansa escrever sobre os dias cinzentos. Então o que faço? Espero a tormenta passar? Mas e se demorar?

Não. Se não tenho os dias de Sol, pelo menos os fantasio. Fantasia... Ah sim, doce fantasia. Fantasia alimenta a alma, dar aquela sensação de prazer tão intangível quando aquela de quando se come chocolate. Mas se não tomar cuidado, o gosto da fantasia pode ser amargo, então é importante sempre deixar claro que é o que é: fantasia.

Fantasio, sem hesitar, os dias de Sol. Não espero que se tornem reais, mas a fantasia me alimenta por hora. Pensar na felicidade, na alegria de viver. De como é acordar cada dia querendo viver; de como é viver sem a angústia de viver... Ah, a quanto tempo não sei o que é isso. A verdade, se é libertadora, também é angustiadora. Sim, pois a liberdade, as escolhas, a responsabilidade de ter que se tomar decisões importantes não só por você, mas pelos outros, isso sim é angustiante. A angústia faz parte da essência do ser, que cede a existência, quando o homem entende que é, que existe, antes de mais nada.

Lá vem a Filosofia outra vez. Desculpem, não consigo evitar. Maldito vício, maldita paixão arrebatadora, essa Filosofia. Um vício tão doce, tão especial, que me faz entender o mundo como nunca havia entendido, que me faz perceber que tudo é tão maior do que pensava e que ainda tenho tanto a aprender...

Ah, mas e os dias de Sol? Sim, os dias de Sol e felicidade. Amigos especiais, palavras de amor... pequenos sunshines que me lembram que há, sim, um Sol, imenso, lindo e revitalizador, atrás das nuvens cinzentas. Ah, sim. E um dia, baterão ventos tão fortes vindo do mar, que levaram estas nuvens, e poderei me banhar no Sol outra vez.

Num Sol que me trará, enfim, a alegria de viver.

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