segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Adeus...
Enquanto clicava com o botão direito sobre ela e rumava para clicar na opção "excluir contato", fazia um retrospecto do que ela foi na sua vida, o que ela representou e o que representa. Sem dúvida, o amor que ele sentiu foi verdadeiro, ao ponto de ter momentos em que quis desistir de tudo para ficar pra sempre ao seu lado... Um sorriso amargo vem aos seus lábios quando pensa nesses sonhos bobos, mas que lhe pareceram maravilhosos quando os sonhava.
E o que ela representou? Tudo. Era em torno dela que vivi os meses mais felizes da minha vida, em uma realidade talvez incompreensível a maioria das pessoas. Mas foram felizes, muito felizes. Pensa que cresceu muito com ela, assim como a tenha ensinado algumas coisas sobre a vida também, embora não seje muito mais velho. Ela representou um futuro possível, uma realidade que jamais se concretizará. Representou um sonho de um dia poder finalmente ser feliz.
E o que representa? Hoje? Mais nada. Não sente raiva, mas também não sente amor. Não, não. Talvez no fundo, ainda haja um pouco de amor. Amor pelo que foi, e não pelo que é. Mas hoje, o que sente sobre ela é um profunda e triste indiferença. Indiferença, cruel até.
Com uma imensa vontade de chorar, em um choro que não vinha, e uma tristeza ainda crescente, que parecia como um buraco abrindo, mais e mais no seu coração, como que um grande e definitivo vazio, ele a exclui. Não só do MSN, mas de sua vida, de uma vez por todas. Jamais vai se esquecer daquela baiana que iluminou seus dias por quase um ano de um sonho de amor que, infelizmente, jamais iria se concretizar.
Sussura: "Adeus, meu amor."
sábado, 21 de novembro de 2009
Sob o Sol...
Ali ficou por alguns minutos. Encharcado, mas não ligava muito. Queria dizer que estava feliz, mas não sabia se era isso que sentia ali, naquele momento. Nunca tivera muita certeza das coisas (o que acreditava ser bom, pois certeza é verdade e pra ele a verdade sempre foi muito relativa). Era uma sensação estranha, mas sentia que, de algum modo, era boa. Algo como uma libertação, ou qualquer outra palavra que exprima o abandono de algo e o recomeço... O exato momento em que você podia dizer que recomeçara.
Sente as lágrimas escorrerem de seus olhos novamente. Não pela luz do céu, não, não mais por aquela luz. Mas por uma outra luz, e essa vinha de dentro. Uma chama de esperança... Enfim, não procurava explicação para o que sentia, apenas sentia. Queria sentir, queria viver cada segundo daquilo. As lágrimas se misturavam às gotas de chuva em sua face, escorriam, iam... Era, sim, uma libertação.
A chuva passa, e vem o frio. Levanta-se calmamente, ainda com as roupas pesadas. Recolhe o colchão (agora, ensopado), e se vira para observar o céu. As nuvens ainda estavam lá, embora pudesse perceber um Sol, ainda que fraco, lutando com as massas cinzentas para poder aparecer. Era uma visão bonita, quase que como se Deus estivesse abrindo um canal direto com a Terra. Nesse mesmo instante, sente uma brisa de vento, arrepiando-o todo. Observa a si mesmo: roupas pretas encharcadas, descalço, descabelado. Suas mãos tremem. Olha pra baixo e vê a si mesmo na poça de água...
Olha de novo para o céu e compreende. Sim, a vida é feita disso. Finalmente entendeu que era pra ser assim, as coisas são assim e de novo será. É um novo viver, uma nova dimensão da vida e do que é viver. Sabe que não será tão fácil, que oscilará, que chorará, que sofrerá... Mas segue ainda assim, porque enfim entende que a vida é feita disso. E a cada obstáculo que supera, é uma lição aprendida e uma nova oportunidade de fazer certo.
Não pôde conter as lágrimas quando, após pensar em tudo isso, o Sol surgiu finalmente...
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Buzz..
O calor continua, resolve ir para o quarto. Humm... Não sabe ao certo, mas ao o incomoda. São 16h e, mesmo sabendo que a noite teria aula da disciplina mais insuportável do semestre, torce pra dá logo a hora de ir pra faculdade. Algo o incomoda. Uma inquietude se abate de repente. Anda de um lado para o outro no quarto, sem saber o que fazer, o que sentir. Mexe em uns livros, escuta algumas músicas... É, estranho... Tá faltando algo.
Então escreve, escreve porque lhe pediram pra escrever. Como terminará o dia? Vejamos...
Quatro horas mais tarde. É, a noite terminou bem melhor do que esperava. Em meio a fala enfadonha do professor, aquela troca de olhares, sorrisos cínicos e, finalmente, uma troca de bilhetinhos. Mensagens sublinares a parte, sabe o que virá depois, e gosta disso. Vai pra casa sorrindo... É, a noite terminou bem.
Ponto pra Arlene. xD
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
AHHHHHHHHHH!
Tenho estado tão cansado ultimamente. Tão cansado. Mas ao menos o cansaço é bom para sonhar: fico sonhando em ter tempo pra estudar (o que não tenho); fico sonhando em viajar para o Canadá; fico sonhando com uma vida amorosa descente; fico sonhando com tempo, em ter tempo para mim... Aí penso que semana que vem é semana de provas e fico maluco pensando no que tenho por fazer no estágio (além dos problemas burocráticos que me fazem arrancar os cabelos duros!)... Aí Deus, juro que eu só queria um tempinho pra viver...
Ando meio sem tempo pra tudo. Além das dores de cabeça (físicas e emocionais). E ainda por cima me sinto tão só, tão só...
Putz, melhor terminar por aqui.
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
A crônica de uma noite crônica.
***
Viagem interminável. Embora fosse um trem “direto”, parava mais do que o trem normal. Tentava diminuir a irritação, enquanto pensava no que viria no resto da noite. Chegou, e chove. Muito!
***
***
Olha no espelho novamente: ainda está horrível, mas menos molhado. Puta que pariu...
***
Aliás, ótimo espetáculo...
Então estava com o grupo de amigos (dela). Todos juntos, pra evitar o perigo. Hobbes tem toda a razão: o Homem é o lobo do Homem. As pessoas não estavam preocupadas se a energia voltaria algum dia, quando voltaria, como iriam pra casa. Queria era chegar em casa, vivas, sãs e sem que tenham sido roubadas. Medo, medo que se instaura nos corações do Homem, medo do outro homem. Onde chegamos?
***
Vendo que já não valia a pena, estava decidido a partir. Meio "estranho no ninho", sabe? No íntimo, torcendo pra ir logo pra casa. Não por medo (do escuro ou dos “lobos”), mas com um insistente mal-estar. Um mal-estar que já sentira antes, numa ocasião parecida. Pena, que pena. Não deveria ser assim, mas era.
Despedida tranqüila. Nada demais, embora fantasiasse um pouco (até nisso). Depois corria, sem nem olhar pra trás. Gostava dela, gostava demais dela.
***
***
Casa, finalmente casa. Abraçava o pai, dizendo que estava tudo bem. “Onde está a mãe?”. Nem mesmo havia terminado de trocar de roupa, quando, de cueca, ligava para sua amiga. Melhor amiga. Única, talvez.
Fora ela, essa conversa, que fez o seu dia terminar bem. Pois em meio a tristeza dos problemas do coração, havia as brincadeira. E melhor que isso, a chance de ser útil a alguém que ama tanto. Dizia a ela que tudo ia ficar bem, e acreditava nisso. Dizia-lhe que estaria sempre ali pra ela, pois de fato, jamais a deixaria. Faziam planos bobos, mas divertidos e que, se não virasse realidade, pelo menos tinha um sabor doce do sonho. “Que seja doce”.
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
(Caio Fernando Abreu)
Tenho alunos da 6º ao 9º ano. Particularmente acho mais legal o trabalho com a turma do 9º, por ser uma galera mais velha, e de cabeça em formação. Mas em contradição, adorava as crianças do 6º ano. Mas amo a todos, de coração.
Eis que nesta quinta-feira, dia de estágio, quando vou pra escola, descubro que uma das alunas do 6º ano, Verônica, morreu nesta sexta-feira de aneurisma. Tinha 10 ou 11 anos. Era uma garotinha tímida, mas falava bastante com as amigas. Não tive muita oportunidade de me aproximar dela, mas nos tratávamos com respeito mútuo.
Hoje estou com uma dor estranha. Nem tinha tanta intimidade com ela, mas não sei explicar, só sei que esta dor existe e tá aqui, no peito. Essa dor de saber que na próxima quinta-feira, quando entrar naquela turma de 6º ano, estará faltando uma aluna. Não sei... Ah, essa dor estranha.
Onde estiver, Verônica, e se está em algum lugar, descanse em paz.