sábado, 15 de maio de 2010

Era mais um dos meus sonhos bizarros.

Primeiro, a visão do meu quarto com as luzes apagadas. Depois, num piscar de olhos, podia ver flashs de luzes, som alto, pessoas felizes, bebida, uma festa. Mas para mim não estava legal, sei lá, não curtia. Um sentimento de vazio, ou algo assim.

Saí da festa. Me percebo em plena Av. Lobo Jr. Quando olho a redor, vejo uma garota se proximando. É Thay, e há muito tempo não a via. Ela abre um grande sorriso e me abraça, como lhe fosse a coisa mais importante naquele momento. Eu a abraçei de igual modo, estava feliz em vê-la de novo.

Andamos pelas ruas. Então, começa a chover e, apesar de chover pouco, a rua inunda até a altura dos joelhos. Antes disso, eu puxo Thay e a coloco em minha "carcunda", como se faz a um filho naquelas manhã ensolaradas de domingo na Quinta da Boa Vista. Ela sorri pra mim de novo e comenta algo bobo. Nós riamos, estavamos felizes. E continuei caminhando, com ela nas minhas costas, sobre toda a enchente e lama, e rindo de pequenas bobeiras da vida.

(Te amo, Thay!)

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Persistência e determinação

"Nada no mundo pode tomar o lugar da persistência.
Talento não o pode; nada é mais comum do que o insucesso de homens talentosos.
Gênio não o pode; genialidade não recompensada é quase um provérbio.
Educação não o pode; o mundo está cheio de delinqüentes educados.
Persistência e determinação sozinhas são onipotentes."

Israel Regardiê
"Às vezes me lembro dela. Sem rancor, sem saudade, sem tristeza. Sem nenhum sentimento especial a não ser a certeza de que, afinal, o tempo passou. Nunca mais a vi, depois que foi embora. Nunca nos escrevemos. Não havia mesmo o que dizer. Ou havia?"

Caio Fernando Abreu.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Yellow

Look at the stars,Olhe pras estrelas,
Look how they shine for you, Olhe como elas brilham por você,
And everything you do, E por tudo o que você faz,
Yeah, they were all yellow Sim, elas eram todas amarelas.


I came along,Eu progredi,
I wrote a song for you, Eu escrevi uma canção para você,
And all the things you do, E tudo que você faz,
And it was called Yellow E ela chamei de "amarela".


So then I took my turn,Então eu esperei minha vez,
Oh what a thing to have done, Oh que coisa para se fazer,
And it was all Yellow E era tudo amarelo.


Your skinSua pele,
Oh yeah, your skin and bones, Oh sim, sua pele e ossos,
Turn into something beautiful, Transformaram-se em algo bonito,
Do you know? Você sabe?
You know I love you so, Você sabe que eu te amo tanto,
You know I love you so Você sabe que eu te amo tanto.


I swam across,Eu atravessei o oceano,
I jumped across for you, Eu superei barreiras por você,
Oh what a thing to do Oh que coisa a se fazer,
'Cos you were all yellow, Pois você estava toda amarela.


I drew a line,Eu tracei uma linha, (estabeleci um limite)
I drew a line for you, Eu tracei a linha por você,
Oh what a thing to do, Oh que coisa a se fazer,
And it was all yellow E ela era toda amarela.


Your skin,Sua pele,
Oh yeah your skin and bones, Oh sim, sua pele e ossos,
Turn into something beautiful, Transformaram-se em algo bonito,
Do you know? Você sabe?
For you I'd bleed myself dry, Por você eu daria todo o meu sangue,
For you I'd bleed myself dry Por você eu daria todo o meu sangue.


It's true, look how they shine for you,É verdade, olhe como elas brilham para você
Look how they shine for you, Olhe como elas brilham para você
Look how they shine for... Olhe como elas brilham para...
Look how they shine for you, Olhe como elas brilham por você,
Look how they shine for you, Olhe como elas brilham por você,
Look how they shine... Olhe como elas brilham...


Look at the stars,Olhe para as estrelas,
Look how they shine for you, Olhe como elas brilham para você,
And all the things that you do E todas as coisas que você faz

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Dream.

Algo estava estranho, e se deu conta disso só quando olhou ao redor e percebeu que podia enxergar a apenas alguns metros a frente. As coisas estavam meio turvas, quase como mostram os sonhos dos personagens de uma novela. Era isso, então. Estava sonhando. Será?

Olhou ao redor e via casas normais. Caminhava pela rua, estava escuro (se era noite, não sabia, pois na via Lua alguma). Sentiu uma mão tocar seu ombro e ao se virar, ela estava ali, sorrindo pra ele. Observou-a atentamente, via sua camisa listrada, sua calça jeans, seu cabelo curto e preto e seu sorriso simpático. Se for um sonho, como podia lembrar-se dela em tantos detalhes? Não a via faz tanto tempo...

Ela se aproximou e lhe deu um abraço, ele não se opôs. Abraçou-a com ternura, com um sentimento estranho, como se sentisse falta de algo que não aconteceu. Ela sussurou no seu ouvido:

- Senti sua falta.

Ele fica quieto. Ela se afasta um pouco, lhe olha nos olhos e dá outro sorriso (como só ela consegue dá). Agora ela se aproxima e lhe dá um pequeno beijo nos lábios e diz, sorrindo: “Teremos nosso tempo”. Ela lhe dá a mão e o conduz pra sei-lá-onde.
Um sonho.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Castelo

Era um esforço descomunal, mas gratificante. Ao final de cada tarde, com o Sol indo embora para outro lugar por trás das montanhas, enquanto o céu tomava um tom de rubro e dourado, contemplava sua obra e sorria. Lá estava o seu trabalho, toda a materialização do seu esforço. O castelo que trabalhava arduamente para construir. Ainda estava em construção, mas a vontade de vê-lo pronto, a beleza de sua arquitetura e o melhor, ter um lugar só seu, tornavam seu trabalho ainda mais valoroso.


Entretanto, não foram só rosas. Certo dia, enquanto dormia e descansava para o dia seguinte de trabalho, ouviu o que seria o começo de uma tormenta. Não “uma tormenta”, mas sim “A Tormenta”. Os ventos fortes quebraram suas janelas e inundaram sua casa, mas ele não se importava. Preocupava-se apenas com seu castelo, com seu esforço, em sua construção. Esperou a tormenta acalmar um pouco e correu ainda de pijama para a construção. Ao chegar, depara-se com tudo arruinado. O trabalho de sua vida se perdera em meio a uma obra do acaso. Naquele dia, chorara em meio a lama e a tempestade, sem se preocupar. Chorara pela dor do esforço desperdiçado. Chora por tudo se perder.


Mas não desanimou, não senhor. Tornou a recomeçar a obra. Recolocou as primeiras bases, embora o terreno não mais o ajudasse. Talvez, nesse novo recomeço, estivesse se esforçando mais do que a primeira vez, por ter contemplado a perda. Lutou contra todas as possibilidades, nem dormia mais, apenas se dedicava de corpo, alma e mente aquela obra. Obra de sua vida e de seu espírito.


Mas certo dia, devido ao esforço, desmaiou. Talvez tivesse se passado, horas, dias, semanas, não sabia. Acordou e tivera mais um triste surpresa: tudo sumira. Sumira, sumira. Simplesmente desaparecera. Não havia nada que sugerisse que tinha uma obra acontecendo, ou que acontecera, naquele lugar. Tudo que havia era uma flor púrpura, um jacinto. A flor da mágoa. Entendeu então: nada daquilo não passava de um sonho, um lindo e sofrido sonho. Tudo pelo o que trabalhara, tudo pelo que lutou... Sua dor era forte demais, mesmo para ser descrita por esse pobre cronista. Uma dor indizível. Seu castelo se perdera, e tudo que restou fora a mágoa.


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Peço desculpa aos meus dois leitores por demorar tanto a retomar meus escritos. Na verdade, nem tinha prazo pra retornar, mas graças ao puxão de orelha da Arlene, tomei vergonha na cara. E foi numa conversa com ela que tive a idéia pra esse texto.


Obrigado a todos.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Restart the game, baby

Um novo ano começa. É hora de definir planos, correr atras e tomar um rumo (definitivo).
Tenta não estragar tudo dessa vez, Eduardo.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Adeus...

Entava estafado, definitivamente. Entendeu quando leu no seu subnick: "Nem a vida é para sempre. Mas o amor é". Ele acreditava nisso, e justamente por isso, precisava deixá-la onde pertencia, ou seja, no passado.
Enquanto clicava com o botão direito sobre ela e rumava para clicar na opção "excluir contato", fazia um retrospecto do que ela foi na sua vida, o que ela representou e o que representa. Sem dúvida, o amor que ele sentiu foi verdadeiro, ao ponto de ter momentos em que quis desistir de tudo para ficar pra sempre ao seu lado... Um sorriso amargo vem aos seus lábios quando pensa nesses sonhos bobos, mas que lhe pareceram maravilhosos quando os sonhava.

E o que ela representou? Tudo. Era em torno dela que vivi os meses mais felizes da minha vida, em uma realidade talvez incompreensível a maioria das pessoas. Mas foram felizes, muito felizes. Pensa que cresceu muito com ela, assim como a tenha ensinado algumas coisas sobre a vida também, embora não seje muito mais velho. Ela representou um futuro possível, uma realidade que jamais se concretizará. Representou um sonho de um dia poder finalmente ser feliz.

E o que representa? Hoje? Mais nada. Não sente raiva, mas também não sente amor. Não, não. Talvez no fundo, ainda haja um pouco de amor. Amor pelo que foi, e não pelo que é. Mas hoje, o que sente sobre ela é um profunda e triste indiferença. Indiferença, cruel até.

Com uma imensa vontade de chorar, em um choro que não vinha, e uma tristeza ainda crescente, que parecia como um buraco abrindo, mais e mais no seu coração, como que um grande e definitivo vazio, ele a exclui. Não só do MSN, mas de sua vida, de uma vez por todas. Jamais vai se esquecer daquela baiana que iluminou seus dias por quase um ano de um sonho de amor que, infelizmente, jamais iria se concretizar.

Sussura: "Adeus, meu amor."

sábado, 21 de novembro de 2009

Sob o Sol...

As nuvens cinzentas ainda passeavam pelo céu nublado quando, mesmo sob os gritos de protesto de seu pai, pegou o colchão velho que fora seu e, levando-o para fora, esticou-o no quintal e deitou-se sobre ele. Queria apenas estar confortável para observar o céu e suas nuvens cinzentas, e assim o fez. Devagarzinho, vai abrindo os olhos, já que seus olhos eram sensíveis a excesso de luz. Mas quando, ainda em meio as lágrimas que escorriam involuntariamente dos olhos, ele pode enfim observar o céu, senti um frescor percorre-lhe o corpo. A chuva começava então a cair sobre ele e seu colchão velho.

Ali ficou por alguns minutos. Encharcado, mas não ligava muito. Queria dizer que estava feliz, mas não sabia se era isso que sentia ali, naquele momento. Nunca tivera muita certeza das coisas (o que acreditava ser bom, pois certeza é verdade e pra ele a verdade sempre foi muito relativa). Era uma sensação estranha, mas sentia que, de algum modo, era boa. Algo como uma libertação, ou qualquer outra palavra que exprima o abandono de algo e o recomeço... O exato momento em que você podia dizer que recomeçara.

Sente as lágrimas escorrerem de seus olhos novamente. Não pela luz do céu, não, não mais por aquela luz. Mas por uma outra luz, e essa vinha de dentro. Uma chama de esperança... Enfim, não procurava explicação para o que sentia, apenas sentia. Queria sentir, queria viver cada segundo daquilo. As lágrimas se misturavam às gotas de chuva em sua face, escorriam, iam... Era, sim, uma libertação.

A chuva passa, e vem o frio. Levanta-se calmamente, ainda com as roupas pesadas. Recolhe o colchão (agora, ensopado), e se vira para observar o céu. As nuvens ainda estavam lá, embora pudesse perceber um Sol, ainda que fraco, lutando com as massas cinzentas para poder aparecer. Era uma visão bonita, quase que como se Deus estivesse abrindo um canal direto com a Terra. Nesse mesmo instante, sente uma brisa de vento, arrepiando-o todo. Observa a si mesmo: roupas pretas encharcadas, descalço, descabelado. Suas mãos tremem. Olha pra baixo e vê a si mesmo na poça de água...

Olha de novo para o céu e compreende. Sim, a vida é feita disso. Finalmente entendeu que era pra ser assim, as coisas são assim e de novo será. É um novo viver, uma nova dimensão da vida e do que é viver. Sabe que não será tão fácil, que oscilará, que chorará, que sofrerá... Mas segue ainda assim, porque enfim entende que a vida é feita disso. E a cada obstáculo que supera, é uma lição aprendida e uma nova oportunidade de fazer certo.

Não pôde conter as lágrimas quando, após pensar em tudo isso, o Sol surgiu finalmente...

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Buzz..

O calor é quase insuportável no Rio de Janeiro esses dias. A manhã tinha sido normal em mais um dia de estágio na escola e estava tudo bem. Ao chegar em casa, por volta de 14h, descobre que a carta de seu amigo havia finalmente chegado. Sobe e não espera nem trocar de roupa: abre o envelope. Relê a xerox da carta que enviou, mais pra relembrar o que disse mesmo. Então pega a do seu amigo e lê. Carta bonita, simples, com palavras reconfortantes. Guarda-a com carinho na gaveta de sua mesa para respondê-la mais tarde.

O calor continua, resolve ir para o quarto. Humm... Não sabe ao certo, mas ao o incomoda. São 16h e, mesmo sabendo que a noite teria aula da disciplina mais insuportável do semestre, torce pra dá logo a hora de ir pra faculdade. Algo o incomoda. Uma inquietude se abate de repente. Anda de um lado para o outro no quarto, sem saber o que fazer, o que sentir. Mexe em uns livros, escuta algumas músicas... É, estranho... Tá faltando algo.

Então escreve, escreve porque lhe pediram pra escrever. Como terminará o dia? Vejamos...

***

Quatro horas mais tarde. É, a noite terminou bem melhor do que esperava. Em meio a fala enfadonha do professor, aquela troca de olhares, sorrisos cínicos e, finalmente, uma troca de bilhetinhos. Mensagens sublinares a parte, sabe o que virá depois, e gosta disso. Vai pra casa sorrindo... É, a noite terminou bem.

Ponto pra Arlene. xD